22/06/2004

UM ANJO

Esta poesia foi homenagem à minha querida blogueira ANJA AZUL.



Anjos, eu vi alguns,
de asas brancas ou multicores;
sempre na minha infância,
nos meus delírios,
nos meus amores.
De olhos verdes, azuis celestes,
jabuticabas, ou cor de mel
(como os olhos do amor primeiro
quando era puro e virginal).
Conheci anjos de pés descalços,
bundas de fora, rosadas, frias,
asas quebradas, sem pinto ou xota,
velando nichos de santos velhos,
de olhar caído e desanimado:
deve ser triste um anjo assim,
recém-nascido... e já castrado.
Existe um anjo que eu não conheço,
asas azuis, setas certeiras.
Todas as noites passo por ela
de olhar trocista, que não me vê:
sei lá, passei, passou, não sei...
decerto é um anjo a vingar um outro,
que algum dia, por desencontro,
em algum canto a chorar deixei.

2 comentários:

anja disse...

E eu adorei!

Anônimo disse...

E este anjo(azul, pelo que se percebe)embora sem sexo, tem encantos mil. Principalmente o de poetar, lindo, assim como o garoto que a visita todas as noites para com elas, também, se deliciar.
Anjos, criaturas estranhas e delicadas, que nos encantam de tantas formas e, desde pequenos nos deixam a cabecinha cheia de pontos de interrogação...
Parabéns e obrigada por presentear-me com mais esta beleza em forma de poesia.
bjos