24/12/2007

FELIZ NATAL



Todos de nossa família fazemos votos de que você tenha um Natal sereno e tranqüilo, na medida em que possa sê-lo.

Não a falsa alegria provocada pelo uísque ou pela cerveja que a gente toma para fingir que está tudo bem.

Mas a paz dos momentos alegres que se intercalam entre os fatos tristes de nossas vidas e que, no fim das contas, são os que valem, se tivermos a capacidade de não nos esquecer deles.

23/12/2007

UMA LENDA

.
A lenda que segue ouvi há muito tempo em algum curso de controle mental, ou algo parecido, e no Natal de 1999 — quando ainda não tinha blog — a montei caprichosamente na forma de um artigo .pps e a enviei para meus amigos.

A redação é minha. Mas a lenda é antiga. Passo-a como dela recordei há oito anos.

Muito antigamente, aí pelos tempos de Cristo, quando os moradores das cidades se abasteciam das fontes, de uma delas, na entrada de uma vila, cuidava um velhinho. Ali chegou um filósofo exausto e sentou-se para descansar.

Pouco depois chegou um viajante, bebeu da fonte, e perguntou ao velhinho se aquela cidade era boa para se viver.

O velhinho respondeu que era uma cidade normal e indagou do viajante como era a cidade de onde ele provinha.

Ele disse cobras e lagartos a respeito, referiu se tratar de um povo sovina, maledicente e ruim, e que por isto ele estava saindo de lá.

— Pois esta cidade aqui é exatamente igual àquela de onde você vem - respondeu o velhinho.

E o viajante seguiu viagem, revoltado.

Algum tempo depois, outro viajante chegou e fez a mesma pergunta e em resposta obteve a mesma indagação do velhinho: como era a cidade de onde provinha?

O segundo viajante respondeu que era um ótimo lugar para viver, que as pessoas eram honestas, gentis e cordatas e que ele estava saindo dela a contragosto, premido por circunstâncias pessoais.

— Pois esta cidade aqui é exatamente igual àquela de onde você vem - respondeu o velhinho.

E o viajante seguiu para a cidade, contente.

O filósofo, que ouvira tudo, quis saber do velhinho porque para duas perguntas iguais ele dera respostas tão diferentes.

Ele respondeu o óbvio: as pessoas são aquilo que a gente quer que elas sejam, as cidades são todas iguais e gostar delas depende da forma que a gente as enfrente, pois está dentro de cada um a possibilidade de fazer seu ambiente.


Resolvi transcrevê-la aqui não por transmitir alguma grande verdade filosófica. Mas, vamos dizer, uma pequena lição de vida.

.