Alberto Cohen |
Desejo ser ladrão ou justiceiro,
de algum jeito total, definitivo,
de bom, de mau, mas que me faça inteiro,
um monstro, um santo, que inda está bem vivo.
E ver as coisas que podem ser minhas,
e as minhas coisas que há muito não vejo,
todas aquelas coisas que sozinhas
esperam ser roubadas para um beijo,
ou apenas notadas tão vizinhas.
Desejo ser a vida observando
tudo, tudo que o mundo nos oferta,
um ladrão que somente vai roubando,
ou santo cujo olhar enfim desperta.
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