22/05/2008

INVENTÁRIO

(Alberto Cohen)

No fim, restarão os poemas,
singelos, desajeitados,
corcundas, adjetivados,
meros filhos naturais.
No fim, quem sabe, um menino
recolherá os fragmentos
de ilusões e sentimentos
profundos ou casuais.
No fim, talvez, serão lidos
como anônima poesia,
sem dono, nem autoria,
pecados originais.


Alberto Cohen
Poemas sem Dono
II Prêmio Literário Livraria Asabeça - 2003,
página 41.
.

Um comentário:

Anônimo disse...

Verdadeiramete, só posso concordar com tudo o que dizes a respeito do poeta Alberto Cohen.
Figura que se diferencia e, ao mesmo tempo, associa-se, integralmente,aos demais,citados e incensados.
Agradecendo pelo imenso carinho e atenção, aproveito para dizer que temos enviado vários e-mails para um endereço errado(do Terra).
Como já tentei alguns outros contatos(inclusive celular), o faço, agora, por aqui.
beijos,