Atropelam minha cabeça pesadelos revoltos
como pássaros confusos.
Desaninhados.
Nada sei de ti, que amei sempre
num silêncio agitado e inquieto,
num refolho cardíaco
que nem a fibrilação espanta...
Nada faço senão esperar,
cultivando a saudade de alguém que foi embora
mas de mim jamais saiu.
Mas vou te encontrar um dia
– eu prometo! –
e abraçar-te, quieto,
suavemente aconchegar-te,
aconchegar-me:
seremos duas almas serenas,
silenciosas,
relembrando vidas passadas.
Será que algum dia existimos?
Ou fomos sombras sem figura que passamos?
Espantalho dos pássaros furiosos,
voltarei a vigiar, depois,
reconfortado,
a saudade de um abraço eterno
que eu guardei para ti
por trinta séculos.
Poesia publicada no Caderno de Literatura do Projeto DivulgaArte,
3 comentários:
E eu já publiquei esta maravilha, com a aquarela da Ieda e tudo o mais, nos Plátanus. Lembra?
Muito lindo! De verdade.
bjos
Boa noite caro Ilton,
...Adorei o seu poema!..
É simplesmente Maravilhoso!...
E tem razão no fundo transmite o mesmo sentimento que o meu.
Deixo-lhe um beijo..até outro momento!
De quem são as pinturas no blog que indica?
São Maravilhosas!!!
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